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Reinaldo Azevedo

Um Bolsonaro, com Queiroz na família, tem de acusar “bandido” com cuidado

Reinaldo Azevedo

01/07/2019 08h10

Eduardo Bolsonaro, irmão de Flávio, que tinha Fabrício Queiroz como assessor, pergunta em manifestação quem gosta de bandido (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Ao lado do general Augusto Heleno, na manifestação de Brasília, estava o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), que indagou: "Alguém aí gosta de bandido, alguém aqui é amigo de bandido? (…) Jair Bolsonaro já falou, Sergio Moro não sai. Nosso total apoio ao ministro Sergio Moro". É problema por vir quando um Bolsonaro chama adversários de "bandidos" com essa ligeireza e há na biografia da família um Fabrício Queiroz, não é mesmo?, funcionário graduado que foi do senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), o Zero Um, que está sob investigação. Claro! Sempre se pode achar que culpados são apenas os adversários, nunca os aliados. Mas esse não é certamente um bom momento para disparar com tanta ligeireza. Protestos declinantes de rua não vão impedir a divulgação dos fatos.

Sobre o autor

Reinaldo Azevedo, que publicou aqui o primeiro post no dia 24 de junho de 2006, é colunista da Folha e âncora do programa “O É da Coisa”, na BandNews FM.

Sobre o blog

O "Blog do Reinaldo Azevedo" trata principalmente de política; envereda, quando necessário — e frequentemente é necessário —, pela economia e por temas que dizem respeito à cultura e aos costumes. É uma das páginas pessoais mais longevas do país: vai completar 13 anos no dia 24 de junho.