Produzir um evento pós apocalipse!
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Produzir um evento pós apocalipse!

Caros amigos de eventos, o desafio daqui para frente será traçar um plano pós lockdown!

Eu já venho pensado vagamente no assunto até que uma grande produtora e amiga Fernanda Gabriella me fez a seguinte pergunta ontem.

“Você acha que vamos ficar desempregados tipo.... a maioria não vai conseguir voltar a ganhar trabalhos este ano? Nem renda básica...

A pergunta me incomodou bastante, mas respondi de cara:

-Gabys, não vai caber todo mundo no mercado agora!

Fui me deitar tentando ser o mais pragmático possível, pensei em vários cenários mais ou menos como o Dr. Estranho no filme Guerra infinita, e consegui chegar num cenário tão provável quanto possível, mas que ainda assim que depende de uma série de fatores para dar certo.

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  • Imaginei um evento meu que não foi cancelado, tem data para acontecer no último mês útil do ano. Levei em consideração que muitas empresas não o patrocinarão mais, afinal não tiveram faturamento no primeiro semestre mas... exatamente por isso é que deveriam correr atrás do prejuízo.
  • Correr atrás do prejuízo tem duas vertentes, a primeira é: Vamos botar o bloco na rua, maximizar a internet, fazer lives e vender feito doido para tentar recuperar parte do prejuízo. É um caminho, mas...

A segunda vertente, que acredito mais e acho bem mais interessante é a nossa área

  • Estas empresas precisam demonstrar que apesar da crise continuam existindo, e que não fazem parte das centenas de milhares de empresas que até o momento quebraram no isolamento social, e a melhor maneira é se expondo, aparecendo e participando dos eventos da área. Buscar o seu público alvo no live marketing, face to face como sempre foi, um verdadeiro corpo a corpo, porém a uma distância segura.

Bingo é o final que precisamos. Mas como seria?

Em primeiro lugar, a volta á “nova” realidade requer cuidados extras de higiene, isto posto produziríamos milhares de máscaras com as logomarcas do evento/patrocinadores.

No início da montagem e a cada 72hs faríamos a aplicação nas instalações de um produto desinfectante que elimina 19 espécies de vírus, dente eles o Covid-19 .

Nas entradas dos espaços de eventos, capachos com desinfetantes e tuneis de desinfecção, serão obrigatorios, todos precisarão passar por eles, há de se cuidar, pois existem pessoas alérgicas a determinados produtos.

O controle de acesso será feito com termômetros infravermelhos de testa, desta forma podemos medir a temperatura dos convidados ainda na entrada e antes do cadastramento.

Os que estiverem com temperatura elevada serão conduzidos a um espaço reservado para maiores cuidados médicos e instruções complementares.

O pré-cadastramento será obrigatório pela internet, nos totens as recepcionistas protegidas por escudos de acrílico farão a leitura facial, o convidado retira normalmente a etiqueta no totem e recebe por uma abertura o cordão com a credencial e dentro de um saquinho lacrado um conjunto de máscaras e sachês de alcoo in gel que deverão ser obrigatoriamente usadas dentro do evento.

Não haverá revista, mas os seguranças usarão luvas brancas e faceshields e farão a leitura de acesso normalmente.

Na plenária agora, obedeceremos a uma distância mínima de 100 cm entre uma cadeira e outra, para deixar um layout mais harmônico, uma mesinha será estrategicamente colocada entre elas e sobre as mesas garrafas d’água com a logomarca do evento, bem como estratégicas caixas com lenços de papel desinfectante e um vaso baixo de flores com o color code do evento, potes de alcool in gel estarão sempre presentes nestas mesas, e totens com alcool gel nas portas e espalhados em cada zona de circulação.

Cada círculo de palestras terá a duração de duas horas, o tempo aproximado de vida útil de uma máscara para que ao saírem para o Coffee as máscaras sejam descartadas corretamente e substituídas. Durante estas saídas a desinfecção do local será feita, por um staff de limpeza, um verdadeiro exército da saúde.

O coffee deve ser uma questão a ser estudado, algo do tipo lunch box, apenas um lado da mesa, é pegar e sair, bistrôs com faceshields? Quem sabe, tudo é muito novo ainda.

O Staff aumentará em quantidade considerável e desta forma automaticamente terão seus valores reduzidos, pense numa quantidade enorme de produtores, coordenadores, recepcionistas, seguranças, apoios, auxiliares etc.

Os eventos encolhem em quantidade e tamanho, a plenária agora comporta menos da metade do que comportava e aumentaram exponencialmente as exigências sanitárias.

Aquele auxiliar de serviços gerais dos banheiros ganhou assistentes que agora ficam full time limpando e mantendo o aroma saudável das toaletes. Álcool in gel é tão obrigatório quanto o sabonete líquido. As portas das plenárias, botoeiras de elevadores, e interruptores acionam por aproximação.

Os produtores de ASG que sempre tiveram a função de coordenar a escala, agora terão que dar plantão em cada porta de banheiro e todo o lixo será tratado como lixo hospitalar.

Eu poderia falar mais, mas prefiro mostrar como será pescar novamente ao invés de simplesmente dar o peixe.

Parece utopia? Sonho? Você imagina algo diferente? Eu acredito que muitas destas idéias estarão no seu próximo evento.

Maýráh Réis

Especialista em Inovação no Relacionamento e Fidelização de Clientes | Marketing de Performance | Gestão de Eventos | Assessora de Imprensa

3y

Ideias fantásticas, Ronaldo! Mas, como disse nosso amigo Wladmir, algumas dessas inviáveis em um primeiro momento por conta de uma crise comercial (além da sanitária, de saúde e política... são muitas crises...). Fico pensando se as promotoras ou empresas organizadoras de eventos vão querer investir mais (porque tudo isso gera custo obviamente) e ter menos pessoas no evento (pq o público terá que ser reduzido, já se fala em apenas 40% do público de antes). A conta não vai fechar, claro, e temo que por causa dessa conta que não fecha, as promotoras ou empresas organizadoras abram mão das medidas de segurança e façam tudo "na sorte, na cara e na coragem, literalmente, sem nem ao menos uma máscara...", como a foto abaixo (retirada do Insta de uma montadora, que eu não vou citar o nome, em 01/07/2020, e que está na montagem de um evento no Sul... montagem "normal", como se não estivéssemos no meio de uma pandemia... e o pior tudo gravado em seus Stories, sem a menor preocupação de mostrar ao mercado e ao cliente que não estão seguindo as regras, protocolos e nem nada que o valha...). Temos um cenário desafiador pela frente, amigos...

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Aldo Henrique Constant da Silva

Produtor na VSR Produções Artísticas e Culturais Ltda

3y

É um cenário possível, porém ainda nesse momento, estamos com muitas incertezas. O lado bom é que já estão se pensando alternativas que vão nos conduzir nessa novas realidade e sim concordo que as empresas vão ter que se adaptar a essa nova realidade se quiserem continuar se comunicando com seu público.

Fernando do Val

Gerente de Projetos, Produtor Cultural

4y

Tenho pensado muito sobre isso e acho que é o que irá acontecer. Acrescentaria à tudo isso uma viseira de acetato com a logo do patrocinador ou do evento e mais um corredor de desinfecção com pulverização de pessoas, como tem sido feito nos hospitais do governo da Bahia.

Raphael Monteiro da uma lida nesse artigo.

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