• Redação Galileu
Atualizado em
A mulher que recebeu o nome de Burial XXII está sendo exibida no Museu Trelleborg (Foto: Divulgação/Museu Trelleborg)

A mulher que recebeu o nome de Burial XXII está sendo exibida no Museu Trelleborg (Foto: Divulgação/Museu Trelleborg)

Com a ajuda da tecnologia, pesquisadores reconstruíram o corpo de uma mulher que viveu há 7 mil anos, onde hoje é a Suécia. De acordo com os estudos, ela tinha cerca de 1,5 metro de altura e morreu quando tinha entre 30 e 40 anos de idade. A obra – em tamanho real – está sendo exibida no museu suíço de Trelleborg.

O corpo da mulher, que recebeu o nome de Burial XXII, foi encontrado na década de 1980, enterrado na vertical em uma cova em Skateholm, um sítio arqueológico na costa sul da Suécia. Ela estava usando vários adornos, o que fez os pesquisadores acreditarem que era uma figura importante em sua comunidade — mas não é possível determinar exatamente qual era o papel desempenhado.

Na reconstrução ela tem olhos azuis, usa uma capa de penas, um colar de ardósia (um tipo de rocha) e um cinto feito com 130 dentes de animal — enquanto está sentada de pernas cruzadas em um "trono" de chifres de veado.

O responsável pela obra é Oscar Nilsson, um arqueólogo e escultor especializado em reconstruções faciais que usou uma tomografia computadorizada do crânio para reconstruí-la. Já para fazer o corpo, ele pediu ajuda de um amigo com altura e silhueta semelhantes para posar de pernas cruzadas. As roupas e adornos foram comprados.

Mas o que mais impressiona é o rosto da mulher, que é muito expressivo. "Raramente faço reconstruções com tanto caráter”, disse Nilsson à National Geographic. "Ela não está mexendo muito os músculos faciais, mas parece que está se comunicando. Ela é como uma porta de entrada entre o nosso e o outro mundo, e isso deve ser reconhecido em seu rosto."